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Bandejas de Experimentação. O que é isto?

Atualizado: 10 de nov. de 2019

A Bandeja de Experimentação é uma das modalidades do Brincar Heurístico. Na verdade, inspirada na perspectiva de Elinor Goldschmied (2006), constitui-se como uma proposta na qual a criança é colocada a descobrir as coisas "por si mesmo."

Essa proposta possibilita à criança realizar hipóteses matemáticas e físicas, entre outras tantas, em que ela, aguçada pela sua curiosidade, tenta elaborar estratégias e respostas aos problemas que surgem.

Assim como o Cesto de Tesouros e o Jogo Heurístico, compreendemos as Bandejas de Experimentação como uma brincadeira de descobrir, em que meninos e meninas constroem suas aprendizagens com a mínima interferência do adulto. O professor que observa e participa da sessão deve estar atento e disponível, mostrando-se presente, mas sem fazer intervenções.



Entende-se que a habilidade de observação dos educadores - que deve ser sustentada por uma formação adequada e complexa - é a ferramenta que melhor permite reconhecer as potencialidades e inteligências, reconhecendo as múltiplas linguagens utilizadas pelas crianças em sua exploração do mundo.


Estar junto e ao lado


É evidente que quem, na realidade, menos se vê - o adulto que está ali, que observa, segue e acompanham as experiências que estão acontecendo - é tão determinante para aquilo que as situações produzem, à medida que conseguem não invadir a cena, participando não como o professor que sabe tudo, nem como o diretor que atribui os papéis, mas, ao invés disso, como simples - e não menos importante - "participante do jogo", disponível e atento.


Heitor com a mediadora Débora fez seus experimentos com a areia.

Ao valorizar a observação como estratégia que permite conhecer e reconhecer as potencialidades e as competências das crianças tem acompanhado, nos últimos anos, a evolução das ideias e o crescimento da noção sobre o quanto as crianças podem realizar em um contexto educativo favorável.



Matheus concentrado fazendo a contagem das rolhas

A observação dos movimentos das crianças pelo ambiente e a maneira como elas se relacionam com os instrumentos e com os materiais colocados à sua disposição oferecem aos educadores uma primeira pista sobre os possíveis percursos das descobertas. Observar com atenção as primeiras explorações individuais, que se enriquecem quando acontecem em pequenos grupos ou em duplas. Esse olhar atento pode tornar visíveis e compreensíveis a quantidade e qualidade dos significados compartilhados, bem como as maneiras de comunicação utilizadas.


Registro MI-A sala laranja período da manhã 11/09/2019

Relato da experiência:


" Levamos 19 crianças para participar da atividade; dividimos em dois grupos e utilizamos duas mesas.

Foi maravilhoso!!! As descobertas feitas pelas crianças foram de uma riqueza indescritível!

Percebemos que através desta atividade, fora à matemática: seleção e seriação ( com critérios variados, estabelecidos pelas próprias crianças); noções de capacidade, tamanho, forma, quantidade e muitas outras. Os alunos tiveram a oportunidade de manipular objetos contáveis e não contáveis e de criarem estratégias próprias para a resolução de problemas com os quais iam se deparando durante a sessão.m trabalhados de forma prática vários conceitos importantíssimos, principalmente relacionados

A atividade proporcionou também, momentos em que as crianças livremente solucionaram questões referentes a conflitos, motivados pela disputa de materiais.

Antes de desenvolver o conceito de número e numeral a criança precisa explorar o mundo a sua volta e suas possibilidades, e isso é ricamente proporcionado pela atividade Bandeja de Experimentação.

Vale a pena ressaltar o prazer e a alegria manifestada pelas crianças quando se veem diante dessa mesa cheia de possibilidades!

Professoras: Adriana Faustino, Rosangela Dias e Tatiane.


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Registro MI-B sala branca período da manhã 17/09/2019

Relato da experiência:


"Participaram da atividade com as bandejas experimentais catorze crianças divididas em dois grupos. Destacamos a primeira impressão das crianças de "espanto" e "admiração"; já que se depararam com duas mesas repletas de objetos diversos e variados, com formas e texturas diferentes.

Num primeiro momento permaneceram tímidos e incrédulos; esperando um "comando" das professoras para que pudessem mexer, porém logo a curiosidade venceu esse obstáculo e começaram a interagir de forma efetiva com tudo que estava ali exposto.

Cabe ressaltar a nossa "aflição"em não realizar interferências e deixá-los resolver seus conflitos e tomada de decisão; seja a de participar e se envolver (apenas duas crianças não se envolveram); na realização das parcerias e disputa pelos objetos.

Salientamos o quanto a atividade foi significativa e com funcionalidade, já que foi possível manipular objetos, realizar contagem, seriação por cores, organização, coordenação motora fina, bem como o estímulo da curiosidade, linguagem oral e visual. exploração de objetos, espaço físico interno e externo, uma vez que não ficaram limitados só as mesas.

Ressaltamos a alegria com que as crianças participaram desse momento; além da atitude do Leonardo em tirar o chinelo e ficar mais a vontade.

Ao retornarmos para a sala fizemos alguns vídeos com relatos das crianças sobre o que vivenciaram. Enfim, um momento de aprendizagem plena, significativa e prazerosa.


Professoras: Elenita, Silvana e Elisa.


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Registro MI-C sala verde período da manhã 19/09/2019


Relato da experiência:


" Nesta data participaram da atividade com bandejas experimentais 16 crianças que foram divididas em dois grupos.

Notamos que logo no início os alunos ficaram admirados e desconfiados observando aquelas mesas cheias de objetos diferentes com diversas configurações de cores, texturas, tamanhos,formas, esperando nossa autorização para que pudessem mexer.

Como nossa missão era apenas observar, deixando que partisse deles a iniciativa, demorou alguns minutos para que a curiosidade vencesse e uma se arriscasse e começasse a mexer nos objetos, o que incentivou os outros, embora alguns nos olhassem como se pedisse autorização para tal.

Um episódio interessante foi quando uma criança ( que foi a última a ir até a mesa) olhava para nós e dizia "- Eu não estou mexendo", repetiu a mesma frase diversas vezes mesmo estando com vontade de mexer em tudo. Quando percebeu que podia ir, se juntou aos demais e se divertiu ao manipular os objetos.

Admitimos que foi uma experiência nova para nós também, pois só olhar a brincadeira, as interações das crianças, algumas atitudes mais agressivas entre eles e não poder interferir, foi difícil rs, rs, rs...

Porém percebemos como foi significativo e prazeroso para as crianças, poder manipular objetos, dar novos significados e funções a outros, trabalhando assim a coordenação motora fina, seriação por cores, contagem, linguagem oral, até a curiosidade em provar através do paladar um dos materiais ( único momento que interferimos ).

Outro momento divertido foi ver alegria e entusiasmo do aluno Heytor Fernando com laudo de TEA, que é sempre tão contido e se mostrou curioso e eufórico, dando gritinhos a cada nova descoberta.

Destacamos que por ser uma classe bastante agitada eles demonstraram um comportamento bem agradável, com prazer e entusiasmo, enfim foi uma experiência bem rica.


Professoras: Maria da Penha, Rosineide e Rosângela.


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Registro BII-B sala amarela período da manhã 25/09/2019






Relato da experiência:


"Nesta data, fizemos a participação dos alunos na atividade com as bandejas de experimento da seguinte forma: levamos uma turma com seis alunos, sendo que os outros seis ficaram na sala em outra atividade, e depois as revezamos.

No critério de escolha de alunos para a organização das turmas, procuramos dividir características semelhantes em cada um dos agrupamentos como, por exemplo, deixar um aluno mais ativo separado do outro, e assim por diante. Desta maneira procuramos, também, fazer agrupamentos heterogêneos, com vista a enriquecer a experiência, bem como estimular os alunos a uma maior interação com o material.

A primeira turma se mostrou bem relutante em iniciar a interação; inicialmente, ficaram muito próximos à professora. Um deles, o Lucas, começou a encaixar alguns objetos em furos. O restante do grupo continuou bastante tímido, sendo que não demonstrou iniciativa em explorar a outra mesa dos não contáveis que continha farina e areia.

Ainda neste primeiro grupo, a única aluna que demonstrou tal interesse foi a Manuella mas bem no finalzinho do tempo.

Trocadas as turmas, percebemos uma reação bem diferente do primeiro grupo, sendo que o aluno Ryan logo tomou a iniciativa de explorar de maneira bem ativa a mesa de farinha e areia, inclusive manipulando bastante os utensílios como colheres, peneira, etc...

As outras crianças também interagiram bastante, inclusive sem medo e com curiosidade em explorar os utensílios e os materiais."


Professoras: Fernanda, Flábia e Jully




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